
Hoje nós encerramos a disciplina "História, Educação e Modernidade", com a Prof. Dulce Osinski. Foi uma experiência bem instigante pois juntaram-se alunos de diferentes áreas da pós-graduação para discutir estes temas e cada aula era uma aventura...Para celebrar decidimos surpreender a Dulce com um presente bem diferente: uma figueira! Roxa e produzindo...A ideia veio de uma das orientandas da Dulce que a conhece bem e sabe de sua paixão por árvores. Não foi um presente fácil de transportar, diga-se de passagem, pois o pé tinha minha altura, mas é realmente lindo (a foto acima obviamente não é da figueira, mas da minha modesta espadinha-de são-jorge)! Para acompanhar o presente fiz esta boneca, inspirada na figueira...usei os moldes de meu livro Wee Wonderfuls mas incorporei as cores da planta e bordei uma folha de figo no vestido com tecido que imita madeira. Eu achei que ficou fofa mas não pude batizá-la pois nenhum nome parecia bom: Dulce Figo? Flora Figueira? Ou a sugestão do engraçadão do meu marido: Boneca-de-uma-figa?
O bastismo ficará então por conta da querida Dulce.
No cartão um poema que eu adoro, pois faz um paralelo divertido entre árvores e livros - bem sacado, não?
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga, Herbário 
P.S.: as fotos não estão boas pois o editor de imagens on-line que eu uso sempre, o fácil Picnik, estáva de mau humor hoje...